A GUERRA DEFENSIVA ISRAELENSE

O STATUS DA GUERRA

Neste momento a expectativa é qual será a reação de Israel contra o ataque de mais de cem mísseis lançados pelo Irã, do território Iraniano contra Israel.

Esse ataque é o segundo grande ataque feito pelo Irã diretamente contra Israel. O primeiro ataque foi realizado com quase 300 dispositivos lançados

Até o momento, 18 de Outubro de 2024, Israel continua trabalhando os serviços de inteligência e evitando ataques diretos ao Irã em territóio Iraniano. Há ataques militares em bases Iranianas na Syria, no Yêmen e no Líbano. Esses ataques são ostensivos e servem a propósitos militares e também para demonstrar aos parceiros do Irã, Russia e China, que seus armamentos defensivos não são bons o suficiente.

Os serviços de inteligência Israelenses conseguiram decapitar quase toda a hierarquia do Hamas e Hezbollah que se conhece. Há uma ilustração dessas operações que mostram os rostos dos líderes militares com um “X” vermelho, marcando sua eliminação física.

Ontem foi confirmada a morte de Yahya Sinwar, o senhor da guerra do Hamas e autor dos planos do ataque de 7 de Outubro de 2023, quando o Hamaz invadiu o sul de Israel e chacinou 1200 pessoas em uma manhã de domingo e sequestrou 213 pessoas, para estorquir Israel.

Esse Sinwar é o mesmo que condicionou o cessar fogo entre Hamas e Israel se Israel lhe desse “garantias de vida”, ou seja, Israel se comprometesse a nunca atentar contra sua vida, em troca de um cessar fogo.

Não consigo imaginar qualquer líder militar que se preste a tal covardia. A imensa maioria dos guerreiros em todo o mundo, durante toda a história das guerras, teria a hombridade de entregar seu destino a Marte, o deus da guerra e lutaria ou fugiria, mas muito poucos oferecerem cesssar fogo em troca de garantia de vida.

Há uma lista de generais romanos que foram ineptos, fujões e até ladrões. Há uma lista de comandantes militares durante a Guerra Civil Americana, (comandantes eram homens ricos que sem experiencia militar eram alçados a cargos de comando por terem dinheiro para financiar armamento e suprimentos para seus comandados), que eram ineficazes, incapazes, ladrões e fujões. Mas nenhum desses pediu garantia de vida aos inimigos.

Durante as Grandes Guerras, pode se lembrar de líderes de baixa qualidade, distribuidos a todos os países beligerantes. Muitos causaram a morte desnecessária de dezenas de milhares de soldados. Mas nenhum pediu garantias de vida. Muitos generais e almirantes japoneses inclusive cometeram Sempakku antes de serem capturados.

A capacide de Sinwar demandar garantias de vida para si – e não para seus comandados ou população em geral – demonstra os valores dos líderes dessa população. A imagem heróica de quem luta pela liberdade se dilui. Os líderes que mandam soldados em missões suicidas não querem eles mesmo morrer, mesmo que seja em combate.

A decapitção das milícias Hamas e Hezbollah oferecem a oportuniade de novos líderes se apresentarem e negociarem em boa fé em nome do povo de Gaza, que até o momento serviu apenas como vítimas de seu próprio governo, usados como moeda de barganha para que seus líderes exercessem poder.

O obstáculo principal para libertar Gaza do Hamas e Líbano do Hezbollah se encontram no Qatar e no Egito. Há líderes do Hamas e Hezbollah se abrigando no Qatar e Egito, enquanto os militantes morrem nas casamatas de onde lançam foguetes contra Israel, esses líderes se escondem.

Israel não irá operar no Egito, pois tem um acordo – Acordo de Camp David – assinado por Menahem Begin e Anwar Sadat, que trocou todo o território do Sinai em troca do reconhecimento da existência de Israel. Esse acordo já foi denunciado pela Irmandade Muçulmana e é frágil a capacidade do presidente Abdel Fattah El-Sisi de manter o governo Egipcio em um momento de extrema crise econômica no Egito.

A possibilidade de uma operação no Qatar é maior. Os Qataris tem um país pequeno com muito petróleo, mas que tem irritado sobremaneira a Arabia Saudita, com seu apoio ao Irã e aos terroristas.

O ex ministro das relações exteriores da Arabia Saudita, Adel-Aljubeir, denuncia o comportamento dos Qataris.

Segundo o ministro, os Qataris desde os anos 90 abrigam terroristas, oferecem abrigo aos militantes da Irmandade Muçulmana, seus líderes religiosos incitam os suicidas homens bombas e isso é inaceitável, financiam grupos dissidentes nos EAU, Bahrein, Kwait e Arabia Saudita para causar conflitos e gerar instabilidade. Pagam 500 milhões de dólares aos terroristas do Hezbollah, no Iraque. 50 milhões de dólaras para Soulaimani do Irã, confirmado pelo ministro das relações exteriores do Iraque. Uma quantidade desconhecida de dinheiro entregue ao Hezbollah no Líbano. Os Qataris usam de sua plataforma de média para difundir ódio. O emir planejou juntamente com Kadaffi como derrubar o governo da Arábia Saudita.

Há um sentimento em toda a região que o Qatar precisa cessar e desistir de desestablizar o Oriente Médio por própria vontade, ou será obrigado a fazê-lo por “manu militare”.

É difícil para Israel operar no Qatar, mas se os Qataris provocarem a Arábia Saudita, é possível que os líderes do Hezbollah que se abrigam no Qatar percam sua proteção.

REFERENCIAS:

Portal Kemlu

Saudi Min. of State AlJubeir on Qatar – YouTube