A OPERAÇÃO MILITAR QUE POUPOU A POPULAÇÃO E OS SOLDADOS RASOS
A operação militar que resultou na morte de Hassan Nasrallah e seus companheiro é um modo de operação conhecido como “decapitação”. A eliminação dos comandantes de um grupo inimigo diminui a capacidade de coordenação e a capacidade de retribuição desse grupo.
Uma operação desse tipo é difícil por motivos óbvios. Os comandantes ficam em posições retiradas da linha de batalha, inclusive alguns ficam alojados até em outros países, livres de represálias.
São abundantes os exemplos de comandantes que preferem acompanhar a estratégia na linha de batalha, mas é uma ação temerária porque em caso de ser ferido ou morto, sua falta é muito maior do que a possível vantagem de se ter uma visão da linha de frente.
Um general como Patton gostava de estar na linha de frente e, como não era o comandante maior da região, gozava de liberdade de agir na linha de frente. Patton era um filho de milionário, casado com uma herdeira e que tinha uma visão de campanha militar bem peculiar.
O chefe dos mercenários Russos na Ucrânia e África, Yevgeny Prigozhin também gostava de se colocar de uniforme na linha de frente e endereçar o público em geral carregando armas de grosso calibre. Não há informações que tenha servido em nenhum exército regular.
A morte de Prigozhin, em uma suspeita queda de avião, juntamente com seu lugar tenente, decapitou a organização Wagner. Atualmente a liderança do grupo é exercida pelo filho de Prigozhin.
HEZBOLLAH NO LÍBANO
O Hezbollah é um estado dentro do Líbano. Não é um partido político típico, apesar de ter candidatos eleitos no parlamento Libanês. É uma milícia armada e patrocinada pelo Irã. Uma aberração no direito internacional. Os membros do Hezbollah são Shiitas e querem conquistar o poder no Líbano para entregar a soberania para o Irã.
A desastrosa guerra de George Bush pai e filho deixou o Iraque sem uma liderança forte e os Baathistas que estavam no poder do ditador Saddan Hussein não conseguiram controlar a influência do Irã, que com os acordos feitos com Barack Hussein Obama obtiveram rendas com petróleo que patrocinou a expansão das ações militares Iranianas no Oriente Médio, incomodando até a Arábia Saudita.
Há duas diferenças importantes no Irã. O primeira é que os Iranianos são descendentes dos Persas, enquanto os Iraquianos são descendentes dos Babilônios e o resto da região é majoritariamente Árabe. Todos esses grupos tem heranças culturais e históricas diferentes entre si.
A segunda diferença é que o Irã é da linha Shiita, enquanto há outras linhas Islamicas na região. Muitos países são Sunitas e a Arábia Saudita é Wahabita. Estes grupos, apesar de irmãos no Islamismo, entram em conflitos para a supremacia de sua linha.
AS ATIVIDADES DE NASRALLAH NO LIBANO
Nasrallah se torna uma liderança no Hezbollah que é fundado em 1982 e patrocinado pelo Irã, mesma falange Islmica de Nasrallah.
Em 1992 com a morte de seu predecessor, se torna lider do Hezbollah. O Hezbollah continua atingindo Israel com foguetes a partir do Sul do Líbano. Esses ataques contínuos impedem a vida no norte de Israel, e com a troca do governo eleito em Israel para um partido trabalhista, o exército de Israel sai do Líbano. Nasrallah toma para si o mérito e constrói a imagem de um herói militar.
Os ataques com foguetes a Israel continuam. Esses ataques são diuturnos e só nos últimos 12 meses foram 8 mil foguetes lançados contra Israel.
Nasrallah também negocia com o governo Libanês para seu desarmamento e integração política. Em 2006 fez um acordo de se desarmar com o presidente Michel Aun, caso fossem libertados prisioneiros políticos e um território em disputa com a Syria chamada de fazendas Sheeba. Não houve desarmamento
Em Agosto de 2006 uma invasão do Hezbollah em Israel resulta na morte de três soldades e dois sequestrados. A guerra do Líbano de 2006 se inicia. Os países Islamicos não se alinham ao Hezbollah, julgando que a operação não serve nem ao Líbano e nem aos interesses Islamicos em geral. Nessa guerra, o Irã patrocina o pagamento de recompensa a cada vítima da guerra.
Nasrallah em uma entrevista se diz vítima de uma armadilha Israelense, dizendo que se soubesse que o sequestro de dois soldados Israelenses iria resultar em guerra não teria ordenado o sequestro.
YAYHA SINWAR
Finalmente, na semana passada Yayha Sinwar foi morto em uma operação de rotina, conduzida por soldados voluntários e conscritos. Sinwar foi encontrado escondido entre civis, que usava como escudo humano para se proteger.
Sinwar estava em uma prisão Israelense, tendo sido condenado por ações terroristas. Foi diagnosticado com um tumor no cérebro e cuarado por cirurgiões Israelenses e imediatamente após ser curado, declarou que iria matar todos os Israelenses.
Quando o soldado Gilat foi sequestrado, Sinwar foi um dos mais de mil terroristas Palestinos que foi trocado por um único soldado Israelense.
Desde que retornou ao terrorismo, Sinwar foi uma liderança importante no terrorismo, sendo o autor do ataque de 7 de Outubro de 2023, quando mais de 1200 civis Israelenses foram mortos, mulheres estupradas e bebês decapitados ou incinerados vivos.
Sinwar e protagonista da mais vergonhosa negociação de cessar fogo que temos notícia. Sinwar exigia garantias de vida para si para que houvesse cessar fogo. Em 11 mil anos de guerras, é raríssimo que um líder beligerante exigisse garantias de vida para si. Há covardes, há ineptos, há até militares venais e corruptos, mas não há muitos que exigissem que poupassem sua vida.
Sinwar e o resto da cúpula do terrorismo Iraniano não farão falta no mundo.