A RÚSSIA ESTÁ AMEAÇANDO UM ATAQUE NUCLEAR
A estratégia de apoiar a Ucrânia e apenas permitir que os Ukranianos mantenham a guerra de atrito em andamento contra a Rússia rendeu muita vantagem para os países da Europa Ocidental. Essa estratégia mutilou a Rússia a um custo muito baixo para o ocidente. Custo é enorme para a Ucrânia, mas também o custo é enorme para a Rússia. A Rússia está com pouco dinheiro, tem dívidas enormes com a China e a Índia. O rublo está desvalorizando. A Rússia perdeu apoio em muitos países ocidentais e sua população está farta de preços crescentes, números falsos sobre inflação, escassez de combustível e alguns produtos importados e recrutamento de homens cada vez mais velhos. Hoje, a idade de recrutamento obrigatório para o exército é de 18 a 30 anos para homens.
A Rússia esperava que Volodimir Zelensky fugisse e abandonasse o cargo nas primeiras semanas. Agora, a guerra está se aproximando do terceiro ano, os Ucranianos sofreram muitas perdas, mas ainda não foram conquistados. O mau julgamento de Biden ao liberar mísseis de longo alcance força a Rússia a agravar a situação ou a recorrer a canais alternativos em busca de uma saída honrosa. Os canais secundários são o francês Macron de orientação socialista ou o britânico Starmer de orientação socialista. Esses dois estão desesperados para estrear no topo do cenário mundial devido ao seu desempenho fracassado na política nacional de seus respectivos países.
A escalada não nuclear russa levará os europeus a ajudar ainda mais os ucranianos, usando a Ucrânia como uma zona-tampão para corroer ainda mais a economia russa, fazendo a Rússia entrar em colapso por falta de combustível, com drones baratos interrompendo refinarias russas durante o inverno e dificultando a aquisição de divisas para a Rússia que está usand empresas de fachada na Europa.
A escalada militar russa também introduzirá mais sanções econômicas. Até mesmo a Índia e a China, duas nações que desafiaram o acordo mundial sobre sanções à Rússia – hidrocarbonetos baratos eram muita tentação para esses dois – agora estão com medo de serem contaminadas ao negociar com a Rússia e não estão comprando tanto quanto antes. Além disso, há uma tendência de queda no preço do petróleo, então esses dois países estão de volta ao mercado honesto.
Para piorar a situação, dois dos maiores contratos de hidrocarbonetos vencem em dezembro e não serão renovados. Esses contratos exigem o uso de um gasoduto através da Ucrânia e até agora a Ucrânia honrou o contrato que permite que a Itália e a Turquia – dois países da OTAN – além deles, Áustria, Eslováquia e Hungria também obtenham gás barato do inimigo da Ucrânia, a Rússia.
A opção pela escalada militar condenará a Rússia ao ostracismo, mesmo que essa escalada não seja nuclear. Caso seja nuclear, isso mudará o mundo para sempre, tornando a Rússia o pária do mundo. Putin escolherá a guerra nuclear? Além disso, será uma arma nuclear tática ou uma grande? Onde a Rússia atacará? A Rússia está pronta para atacar outra nação?
Uma coisa para prestar atenção. Se a chantagem nuclear funciona para a Rússia, funcionará para a China-Taiwan e funcionará para a disputa entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul e a Índia-Paquistão. Todas as nações nucleares serão tentadas a resolver seus problemas manu-militarmente e recorrer a armas nucleares se necessário, porque todos são covardes demais para enfrentar o valentão e defender o que é certo.
Conforme as palavras do falecido rei George VI, “Fomos forçados a um conflito, pois somos chamados, com nossos aliados, a enfrentar o desafio de um princípio que, se prevalecesse, seria fatal para qualquer ordem civilizada no mundo. É um princípio que permite a um estado, na busca egoísta de poder, desconsiderar seus tratados e suas promessas solenes, que sancionam o uso da força ou ameaça de força contra a soberania e independência de outros estados.
Tal princípio, despojado de todo disfarce, é certamente a mera doutrina primitiva de que o poder é certo,
e se esse princípio fosse estabelecido pelo mundo, a liberdade de nosso próprio país e de
toda a Comunidade Britânica de nações estaria em perigo.
Mas muito mais do que isso, os povos do mundo seriam mantidos em cativeiro pelo medo, e todas as esperanças de
paz estabelecida e de segurança, justiça e liberdade entre as nações, seriam encerradas.”
Apaziguar um agressor por causa de sua escolha estúpida pela guerra e, quando em desvantagem, usar armas nucleares não trará paz para ninguém.
A história nos ensinou que os agressores não param em linhas vermelhas que não são garantidas pelo uso da força. O momento para negociações difíceis foi em 2014, quando o fraco Barack Hussein Obama permitiu que Putin anexasse a Crimeia. Houve um tratado em que os EUA e o Reino Unido garantiram que a Ucrânia não seria invadida – Memorando de Budapeste sobre Garantias de Segurança de 1994. A Rússia anexou a Crimeia e pouco barulho foi ouvido sobre essa violação.
Se a chantagem nuclear funcionar desta vez, a Rússia tentará anexar a Polônia, Hungria, Estônia, Letônia e Lituânia. Putin pode não parar por aí. Até mesmo a antiga Demokratische Republik Deutschland pode ser considerada parte da antiga área de influência da União Soviética.
Outros países podem seguir o exemplo. A China anexará o Mar da China Meridional. As disputas com as Filipinas sobre as pequenas ilhas podem terminar com as mesmas ameaças.
Durante a 45ª presidência com Donald Trump, não houve invasão na Ucrânia. O governo firme que falou em termos inequívocos de que a retaliação era esperada manteve Putin sem o uso de armas.
A retirada malfeita do Afeganistão levou Putin a arriscar a vontade do fraco governo Joe Biden e repetiu a agressão que foi bem-sucedida durante o ganhador do prêmio Nobel da paz Obama, que não honrou o Memorando de Budapeste de 1994 que garantia a integridade territorial da Ucrânia.
É uma aposta de alto risco. Putin quer entrar para a história como aquele que apertou o terceiro botão nuclear?
As chances de um tratado de paz com a Rússia são ZERO. A Rússia renegou todos os tratados que assinou em relação à Ucrânia. O tratado de 1994 tinha os EUA e a Grã-Bretanha como garantidores da integridade territorial, mas mesmo assim Putin invadiu. Houve um tratado assinado em 2014, novamente violado.
A solução é que a Rússia e a Ucrânia concordem com uma DMZ, assim como na ilha de Chipre ou na península coreana, onde soldados de outros países policiam a área contra novas agressões.
Esta solução pode ser arranjada muito rapidamente, com tropas dos EUA, Grã-Bretanha, Polônia, Hungria e qualquer outro país europeu disposto a participar do policiamento desta lacuna – a região de Donetsky – contra novos conflitos. Esta região pode até incluir a península da Crimeia.
REFERÊNCIAS
The end of Russian gas transit via Ukraine and options for the EU
Ukraine, Nuclear Weapons, and Security Assurances at a Glance | Arms Control Association
Making sense of Vladimir Putin’s war
Kremlin denies plans to invade Ukraine, alleges NATO threats – POLITICO