CUBA ENFRENTA FALTA DE ENERGIA, ÁGUA E FURACÕES
Cuba está em um local privilegiado no Caribe, mas a região é castigada por furacoes todos os anos. O último, furacão Rafael em Novembro de 2024 deixou enchentes, destruiu casas e danificou a rede elétrica da ilha de Fidel Castro.
O EMBARGO AMERICANO
Durante a Revolução Cubana de 1959, o governo de Fidel Castro nacionalizou as empresas privadas sem pagar as indenizações, o que gerou o Embargo Americano contra Cuba. Esse embargo impede que empresas americanas comercializem com Cuba ou façam investimentos em Cuba.
O embargo Americano deixa livre todos os outros países para negociar com Cuba, se houvesse algo que os países quisessem comercializar.
Enquanto a União Soviética ajudava Cuba com cerca de 8 bilhões de euros por ano, a economia Cubana se mantinha relativamente estável, apregoando suas vantagens educacionais e de saúde, com uma industria de açúcar e de charutos.
Com o fim da União Soviética e a crise financeira na Rússia a mesada acabou e a alternativa é Cuba receber investimentos dos parceiros Europeus, por afinidade cultural e linguística da Espanha ou ainda da União Européia como um todo. Esses investimentos foram significativos, mas ao contrário da mesada Soviética não se repetiam ad infinitum.
CRISE ENERGÉTICA
A crise de energia atual é fruto de uma decisão dos anos 1960s. Na ocasião, em troca de uma fidelidade canina contra os Estados Unidos, Cuba receberia petróleo e derivados a preço especial da União Soviética. Essa escolha fez com que a matriz energética de Cuba se tornasse ao mesmo tempo barata e dependente dos Soviéticos, usando petróleo barato em usinas termo elétricas. Caso Cuba se rebelasse contra a União Soviética, como aconteceu no Congo, o suprimento de combustível para suas usinas termo elétricas seria cortado.
Depois do final da União Soviética, Cuba conseguiu abastecimento de petróleo a preços camaradas com a ditadura da Venezuela, primeiro com Chaves e depois com Maduro. Com a crise Venezuelana, Cuba passou a receber menos e menos petróleo, levando à situação atual de crise energética.
A INCAPACIDADE DE ADMINISTRAR
Em Cuba não há problemas para administrar. As ordens são ORDENS e devem ser obedecidas. A ilha é uma ditadura onde não há possibilidade de oposição ou mesmo de crítica. Cuba é pior que o Vaticano, que ultimamente tem aceitado até críticas contundentes.
O embargo Americano é sempre invocado como causa das dificuldades. A contradição é clara, se o socialismo precisa ser salvo pelo capitalismo Americano.
O socialismo Cubano não conseguiu ser salvo pelo capitalismo Europeu, a indústria de turismo não é boa o suficiente para concorrer com Nassau, Antigua e Barbuda, Barbados, Ilhas Virgens, Aruba, etc. que são ilhas vizinhas com mais atratividade. A Covid-19 atingiu o turismo, mas as outras destinações do Caribe também sofreram, mas o turismo em Cuba não se recupera por motivos internos.
O principal motivo é a orientação socialista ou comunista do governo que impede as pessoas de empreender e quando libera algum empreendimento, cobra taxas e impostos exorbitantes. Finalmente, o governo ditatorial de Cuba exige que o cambio seja feito na taxa oficial, com grande prejuízo para os empreendedores. Desta forma não há como gerar riqueza.
Outro motivo é o dirigismo que engessa a tomada de decisões. Uma pequena atividade que atrase na cadeia de suprimentos se torna uma crise e essas crises fazem com que a produção, qualquer que seja se torne ineficiente no presente e no futuro, porque para prevenir crises, todas as etapas de produção passam a se prevenir contra problemas, causando estoques exagerados, contratações supérfluas e toda sorte de arranjos corruptos para manter a produção em ordem.
Finalmente a pior parte é a corrupção de toda a cadeia burocrática por conta da falta de atividade econômica, boa parte da população recorre aos pontos de distribuição de alimentos da ditadura, ficando exposta as vontades das autoridades.
O turismo, assim como as doações dos exilados é a maior fonte de renda da ilha, mas também está fracassando. As razões são múltiplas. A população de socialistas romanticos que idolatravam Fidel Castro não viaja mais. Os novos viajantes procuram outros lugares com mais atratividade.
A atratividade Cubana é prejudicada com a falta de água e de energia, que impede que os turistas internacionais saiam dos hotéis em busca das possíveis atrações locais, posto que os combustíveis para geradores são caros e escassos, só os grandes hotéis conseguem se garantir.
Com o declínio de turistas a qualidade dos serviços dos hotéis cai ainda mais e diminui a reputação da ilha como destino.
UM ESTADO FALHO
O grande problema de Cuba é se tornar um estado falho – failed state – como se tornou o Haiti e se transformar em um narco-estado. Esta possibilidade é presente porque a atuação dos narcotraficantes é sólida na Venezuela e, dado a fraqueza do governo Cubano, seria possível a contaminação definitiva da ilha com o tráfico de drogas, que já existe em menor quantidade.
REFERENCES
Blog Posts on Caribbean and global tourism – tourismanalytics.com
The Cuban embargo is a lie, but Cuban repression and corruption are real
Cuba reels as Hurricane Rafael knocks out power grid and destroys homes | Cuba | The Guardian
Cuba reels as Hurricane Rafael knocks out power grid and destroys homes | Cuba | The Guardian