ELEIÇÕES ESTADOS UNIDOS

TENTATIVA DE ASSASSINATO DE DONALD J. TRUMP

Ontem, 13 de julho de 2024, um atirador, talvez identificado pela polícia como Thomas Matthew Crooks usando um rifle atirou de um prédio a 110 metros do podium durante um comício de Trump em Butler, Pennsylvania.

O atirador aparentemente estava sozinho e conseguiu atirar cerca de 7 vezes antes de ser neutralizado pelos atiradores do serviço secreto Americano. Como é que se consegue carregar um rifle dentro do perímetro a 110 metros do palanque e escalar para o teto é um mistério que o Congresso Americano vai ter que investigar, porque o Departamento de Justiça Americano está na mão dos Democratas.

A tentativa de assassinato de candidatos políticos tem sido frequente, com vários casos recentes no mundo. A reação visceral que uma fração dos eleitores tem contra seus adversários políticos tem sido a válvula de escape para uma população que se encontra incapaz de lidar com suas frustrações. Aparentemente o atirador é apenas mais um recém adolescente – 21 anos – que não tem perspectivas e o motivo é possivelmente o desencanto do atirador com a própria vida. Pelos relatos dos jornais se trata de uma pessoa com poucos amigos, que tem até uma boa capacidade intelectual. Em seu carro e em sua casa foram encontrados dispositivos aparentemente explosivos.

Trump foi levado a um hospital da área e já está a caminho de Milwaukee onde será oficialmente declarado candidato à presidência dos Estados Unidos pelo partido Republicano.

Em uma mensagem, pede orações pelas outras vítimas, uma fatal e duas em estado grave e agradece a intervenção Divina por ter sobrevivido.

A COBERTURA PELA IMPRENSA

As principais redes de notícias acompanhavam o comício de Trump ao vivo. Aos 13 minutos do comício, pipocos foram ouvidos e os agentes do Serviço Secreto Americano agiram para proteger o ex-presidente.

A FOX NEWs relatou que havia relatos de sons parecidos com tiros e que Trump estava ferido, com sangue em seu rosto.

A CNN publicou que Trump havia tropeçado e machucado o rosto.

A Associated Press publicou que havia barulhos durante o comício.

A cobertura mentirosa das duas últimas emissoras é a razão porque ninguém quer mais pagar para ouvir suas mentiras.

A verdade surge rapidamente e se descobre que além de Trump ferido, um homem, Corey Comperatore estava morto e mais duas pessoas estavam feridas as duas vítimas não foram nomeadas. Corey Comperatore morreu protegendo sua esposa e suas duas filhas com o próprio corpo. Comperatore era chefe dos bombeiros locais.

Nossas orações pelas vítimas.

A escolha por justapor um caso verificável de tentativa de assassinato com os tombos auto-infligidos de Joe Biden é editorial e tinha como objetivo ridicularizar Trump e amenizar as coisas para Biden. A escolha por manter a mentira também é editorial.

O problema é que a verdade se revelou em poucos minutos e até o assassino já havia sido encontrado e morto pelo Serviço Secreto e as emissoras passaram o ridículo. A CNN e AP depois mudaram suas manchetes, mas na Internet o print é eterno.

No Brasil as coisas seguiram o mesmo caminho da CNN e AP. Os jornais publicaram um tombo de Trump. O Globo publicou que “Trump cai do palco durante comício na Pensilvânia com sangue no rosto”. Mesmo com a oportunidade de corrigir a manchete, insiste em “Trump está a salvo após incidente em comício, informa Serviço Secreto dos EUA”.

A escolha da linguagem cômica tem o propósito de comparar tombos de Trump com Biden e de esconder que o atentado falho elegeu Donald Trump. A foto de Trump com sangue no rosto, em pé e gritando “Lute!” com o punho direito no ar com a bandeira dos Estados Unidos no fundo é material para o prêmio Pulitzer de fotografia 2024.

O fato dos tiros terem acontecido e atingido a orelha de Trump eleva o nível do atentado. Não há como dizer que o atirador estava apenas carregando o rifle e não queria atirar. O atirador atingiu a orelha e matou um homem na platéia – Comperatore – e feriu mais duas pessoas, uma em estado grave e o outro, sobrinho de um congressista do partido Republicano recebeu um ferimento menos grave.

INCITAMENTO

No último mês, Joe Biden se propôs a debater Trump ao vivo e fracassou retumbantemente. Depois, foi fazer um discurso aos aliados da OTAN e chamou o presidente da Ucrânia de Putin – logo em seguida corrigindo. Para provar que estava bem mentalmente, propôs uma entrevista de 2 horas com um ex-coordenador de comunicações da Casa Branca de Clinto, operador do partido Democrata, George Stephanopoulos. A entrevista durou apenas 20 minutos. Nos dias seguintes, Stephanopoulos deu uma entrevista relâmpago para o site TMZ, onde dizia com todas as letras que “Biden “Eu não acho que ele tem capacidade de ser presidente por mais quatro anos”.

Toda esta pressão gerou pânico na campanha Democrata, que passou as três últimas semanas lidando com fracasso sobre fracassos de Biden.

Na semana anterior, Biden em uma chamada telefônica “conference call” declarou que “Nós não podemos mais tempo nos distraindo. Temos que continuar dizendo o que ele [Trump] faz de errado. Tenho um único trabalho e isso é vencer Donald Trump. Não vamos mais falar do debate. É momento de colocar Trump no centro da mira.”

E acertaram na orelha a centímetros de um tiro fatal.

Isso seria apenas um detalhe, se a mesma imprensa que usa esta desculpa para Biden não tivesse interpretado um anúncio feito pela governadora Sarah Palin, usando um alvo de tiro, como causa e motivo de um atentado contra uma congressista Democrata Gabrielle Giffords. Aparentemente a imprensa é a Troika Soviética re-editada.

Sair da boca do presidente que é preciso colocar o centro da mira em seu adversário em uma conference call com doadores da campanha – que vazaram o conteúdo da chamada – é sim incitação à violência, tanto que todos as propagandas do presidente Biden foram suspensas, porque são carregadas de discurso assombrador, pintando Trump como o fim da democracia.

O fim da democracia é quando um presidente diz que seu adversário deve estar no centro da mira e os principais veículos não o censuram por usar uma linguagem violenta e pouco digna do cargo. Goste ou não do presidente, a presidência não pode se rebaixar a sugerir a eliminação física de um adversário.

TALK SHOWS E CELEBRIDADES INCITAM VIOLÊNCIA

O incitamento à violência foi normalizado por vários veículos de comunicação. Na MSNBC, Chris Hayes diz que Trump deve ser removido por ser incapaz de decisões em 7 de Janeiro de 2021. Um general declara que Trump deve ser removido da presidência por ter orquestrado uma insurreição em 6 de Janeiro.

Kathy Griffin uma comediante da CNN tirou uma foto dela mesma com a cabeça decepada de Donald Trump e distribuiu a foto em 30 de Maio de 2017.

Joy Behar quer “Trump morto, mas não tão cedo, porque ele viraria um martir.” 31 Janeiro de 2023. Suas companheiras de estúdio declararam que Behar “estava amolecendo.” Behar pede então “Deus, não permita que ele [Trump] continue na presidência.

Uma lista enorme de celebridades e quase celebridades e ex-celebridades declararam que desejam a morte de Trump. Mickey Rourke em 2015 queria boxear com Trump. Larry Wilmore quer asfixiar Trump em 2016. George Lopez em 2016 queria decepar a cabeça de Trump, Marilyn Manson também optou pela decapitação em 2026. Rosie O’Donnell queria empurrar Trump de um precipício em Julho de 2017.

Maddona a cantora, tinha pensamentos de explodir a Casa Branca em 2017. Bob de Niro queria dar uma surra em Trump em 2017. Snoop Dog em 2017 pinta Trump como um palhaço e o ameaça com uma arma, que dá um “bang” com uma bandeirinha escrito “bang”. Em 2014 Snoop Dogg publica que mudou de idéia e que agora apóia Trump 2024. A companhia de teatro “Julius Caesar” de Nova Iorque colocou um “Trump” para ser esfaqueado pelos senadores. Moby? em Julho de 2017 transforma a imagem de Trump em uma Swastica e sinal de dollar e o explode.

Johnny Depp em 2017 em Glastonbury pergunta “Quando foi a última vez que um ator assassinou o presidente?” Antony Bourdain iria envenenar Trump em 2017. Big Sean iria usar um picador de gelo para assassinar Trump em 2017. Pearl Jam publicou um cartaz com o corpo decomposto de Trump em 2018.

O fundador do Linkedin, Reid Hoffman também quer martirizar Trump na sexta feira anterior ao atentado contra a vida de Trump. Depois Hoffman deu a entender que quem leu é burro e não sabe ler o que ele escreveu.

TRUMP – O MÁRTIR SEM MORRER

Trump pode ter conquistado a eleição sobrevivendo ao atentado. Sua reação imediatamente ao tiro, mostra firmeza de continuar a lutar e comunicar com seu público que devemos lutar mostra o presidente guerreiro que todos imaginam como o líder ideal. Trump tomou o tiro e levantou o pulso aos céus enquanto a platéia gritava USA, USA.

A imprensa está atônita sem saber o que fazer. Alguns tentam fazer o eleitorado interpretar o assassinato tendo origem entre os apoiadores de Trump, em uma viagem alucinada sem fundamento algum, apresentando um cartão de registro no partido Republicano e doação para o partido Democrata. O assassino doou dinheiro para o partido democrata. O motivo de um Democrata ter um cartão do partido Republicano é para participar das convenções, inclusive para entrar no perímetro reservado do comício do candidato Republicano.

Biden demorou mais de uma hora para condenar o atentado e mesmo assim, não pediu pelo esfriamento dos ânimos. Só pediu união. Sua declaração inclusive dá a entender que a vítima também tem culpa.

Assim como no atentado contra Bolsonaro, o atentado que não mata, elege. Assim, se Trump, não cometer algum erro muito, muito grave, vai se alinhando para uma vitória eleitoral.

REFERENCES

Republicans blame Joe Biden for Donald Trump rally shooting (usatoday.com)

A-List war at ABC News as George Stephanopoulos’ Biden gaffe ‘delights supporters of his hunky TV rival’ | Daily Mail Online

Would-be Trump assassin had explosives in car parked near rally, bomb making materials at home: sources | Fox News

Biden Threat ‘To Put Trump in a Bullseye’ Met With Shrugs, in Contrast With Firestorm Over Palin ‘Crosshairs’ | The New York Sun (nysun.com)

The bogus claim that a map of crosshairs by Sarah Palin’s PAC incited Rep. Gabby Giffords’s shooting – The Washington Post

Joy Behar hopes Trump doesn’t die too soon because he’ll be ‘martyred’ | Fox News

15 Stars Who Imagined Violence Against Donald Trump, From Kathy Griffin to Pearl Jam (Photos) – TheWrap

Trump headed to Republican convention after surviving assassination attempt | Reuters