NEGOCIAR COM O DIABO – NOVAMENTE
Após uma campanha de um ano em uma guerra em duas frentes, Israel é pressionado pela comunidade internacional a fazer um acordo com o Hezbollah novamente.
As razões para o Hezbollah aceitar um cessar-fogo é obter algum alívio da batalha e remover seus líderes terroristas do alcance de Israel. O Hezbollah certa vez exigiu garantia de vida de seus líderes de Israel, mas isso não está no texto do cessar-fogo.
Israel também precisa de um alívio. Esta guerra já dura mais de um ano e os partidos da oposição estão tirando vantagem disso. Os israelenses estão cansados da guerra.
DESEJO DE BIDEN POR UM PRÊMIO NOBEL DA PAZ
Este acordo de cessar-fogo pode ter sido empurrado em cima de Israel devido ao desespero na Casa Branca por um Prêmio Nobel da Paz como um troféu de participação para Joe Biden.
A presidência fajuta que fracassou na retirada do Afeganistão e viu a Rússia invadir a Ucrânia e o ataque de 7 de outubro a Israel agora está cobiçando o prêmio Nobel, às custas de Israel, e provavelmente oferece um prêmio de co participação para quem representa o Hezbollah.
Benjamin Netanyahu está totalmente fora da co participação no Prêmio Nobel da Paz, devido à noção idiota de que Israel é o mau agente neste conflito. De qualquer forma, Netanyahu tem um mandado de prisão – do TPI – se ele for para a Europa.
A GUERRA NO LÍBANO
O Hezbollah disparou milhares de foguetes contra Israel de suas posições ao sul do rio Litani – a linha de demarcação de 2006 para a área não beligerante da ONU (UNIFIL) entre a fronteira norte de Israel e o sul do rio Litani. Esta é a resolução 1701, que foi assinada pelo Hezbollah e Israel, mas violada pelo Hezbollah imediatamente após terem sido reabastecidos pelo Irã.
A rede de comunicações do Hezbollah foi interrompida com a operação bem-sucedida contra agentes do Hezbollah usando pagers, que explodiram nos próprios operadores, mutilando centenas de coordenadores de terrorismo, incluindo alguns representantes de governos estrangeiros. Isso tornou as operações terroristas do Hezbollah muito difíceis, pois todas essas pessoas estão desmobilizadas, assim como os operadores restantes não conseguem usar comunicações eletrônicas como celulares por medo de serem espionadas ou explodidos.
O Irã atacou Israel do território iraniano duas vezes. Uma vez com uma barragem de 300 dispositivos, com sucesso muito limitado. Mais de 90% das munições não chegaram a Israel, sendo interceptadas por Israel, EUA, Reino Unido e até Arábia Saudita. O segundo ataque do território iraniano também não teve sucesso, com poucas baixas em Israel.
O ataque de retaliação de Israel destruiu o sistema de defesa antiaérea e conseguiu atingir uma instalação nuclear secreta não conhecida da AIEA – o que revela que a AIEA é inútil. Como essa instalação de armamento nuclear não estava listada, o Irã fez o máximo para esconder sua destruição. Isso pode ter comprometido a capacidade do Irã de produzir uma bomba nuclear em um futuro próximo.
Com esse resultado e as operações implacáveis de Israel para assassinar os principais chefes do Hezbollah, a comunidade internacional exigiu que um cessar-fogo fosse posto em prática.
O mundo seria muito melhor sem o Hezbollah, que é um governo paralelo no Líbano, um representante do regime iraniano que deseja manter uma presença no Mar Mediterrâneo, bem como destruir Israel. O Hezbollah é responsável por ataques terroristas aos quartéis dos EUA/França em 1982, onde centenas de soldados e alguns civis libaneses foram assassinados em um ataque a bomba.
FALHA DO HEZBOLLAH EM HONRAR TRATADOS
O histórico do Hezbollah é de 100% de fracasso em honrar tratados.
Eles sempre exigem um cessar-fogo quando estão perdendo a batalha e, quando reabastecidos pelo Irã, retomam as hostilidades. A informação é que, desta vez, horas após o cessar-fogo começar, caminhões com munições já estavam reabastecendo a posição do Hezbollah abaixo do rio Litani.
O Hezbollah desfruta de uma posição interessante como um governo paralelo do Líbano. Ao mesmo tempo em que cobra impostos dos cidadãos, controla seu próprio exército — milícia na novilíngua — e tem voz na política externa do Líbano, eles alegam ser um não estado, apenas um grupo de combatentes da liberdade para salvar o Líbano dos israelenses. Isso joga a responsabilidade de fazer cumprir o tratado sobre o governo libanês, que está sob controle parcial do Hezbollah e tem menos poder militar do que o próprio Hezbollah.
Mais importante de tudo, como “combatentes da liberdade”, o Hezbollah reivindica todos os seus mortos como civis, mesmo que estejam armados e mesmo que estejam na cadeia de comando de seu exército. A mídia internacional acredita na palavra do Hezbollah e continua publicando que “civis” foram massacrados enquanto, na realidade, eram tropas armadas em combate.
O Líbano merece ser libertado do governo iraniano. Não é segredo que o cessar-fogo foi negociado com a aprovação de Teerã. O Irã precisa de um cessar-fogo porque sua estratégia de guerra em duas frentes contra Israel falhou. A sorte do Irã mudou quando Israel conseguiu destruir a cadeia de comando até a embaixador iraniano no Líbano, que se feriou quando operou um dos pagers do Hezbollah em suas próprias mãos.
MOTIVOS DE ISRAEL PARA O CESSAR-FOGO
A posição política de Benjamin Netanyahu está se deteriorando a cada dia que a guerra continua. Os israelenses estão cansados da guerra e todas as famílias têm alguém servindo no conflito e todos querem que as hostilidades acabem o mais rápido possível.
O ministro da defesa – oposição a Netanyahu – foi demitido há algumas semanas, desencadeando protestos contra o governo. Os partidos de esquerda estão usando este evento para criar um momento político para forçar outra eleição em breve, embora a guerra em Gaza continue.
O cessar-fogo aceito garante o reabastecimento de armamento americano, bem como traz o Reino Unido e a França para serem observadores do cessar-fogo, reduzindo o isolamento internacional israelense.
A opinião pública internacional tem sido mais contra Israel desde o início da retaliação israelense, esquecendo os milhares de israelenses massacrados e centenas de mulheres estupradas em vídeo e os 142 reféns levados para Gaza. Este cessar-fogo não aumentará, no máximo, a hostilidade contra Israel.
Israel terá 60 dias para deixar o sul do Líbano e usará esse tempo para criar meios de monitorar a área. Em 2006, Israel deixou a área muito rápido e o Hezbollah assumiu o controle da área imediatamente, embora a UNIFIL devesse barrar a militarização da área. Agora, Israel tem a chance de remover os depósitos de munições usados pelo Hezbollah.
VIOLAÇÃO DO CESSAR-FOGO
Não é uma questão de se, mas de quando.
Em 7 de outubro de 2023, houve um cessar-fogo e nenhum israelense estava presente em Gaza. Gaza era completamente livre e tinha seu próprio governo. A única presença de israelenses era a de quem fornecia água e energia para a Faixa de Gaza.
Foi decisão do Hamas quebrar o cessar-fogo.
O Hezbollah também se preparou para disparar foguetes contra Israel do Líbano. A ONU 1701 deveria ser aplicada, mas o Hezbollah preferiu violá-la e bombardear o norte de Israel, forçando uma guerra em duas frentes.
Já há relatos de que o cessar-fogo não será mantido, pois o Hezbollah está tentando mover munições para áreas de onde atingir Israel.
O treféu de participação para Joe Biden não vai acontecer.
REFERÊNCIAS
Why Israel and Hezbollah’s fragile ceasefire may already be faltering
Hezbollah said to estimate up to 4,000 fighters killed in war it initiated | The Times of Israel
Israel strikes Hezbollah ammunition depot in south Lebanon, sources say | Reuters
Full text: The Israel-Hezbollah ceasefire deal | The Times of Israel