A PREFERÊNCIA INJUSTIFICADA
A mídia está excitada com o gesto supostamente nazista de Elon Musk durante a inauguração do president Donald Trump em Washington nesta segunda feira passada.
Levantar o braço, para a imprensa, é um gesto de saudação ao líder do nacional-socialismo da Alemanha dos anos 1930 a 1945.
Ao mesmo tempo que apregoa que Elon Musk é um nazista a imprensa esquece como o nome nazista é formado. É formado por Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, Partido nacionalista trabalhista alemão. No nome do partido nazista está trabalhista e socialista. Mas isso não é relevante, porque o amor do jornalismo pelo socialismo e trabalhismo o impede de ver.
RÓTULOS
A imprensa a serviço da oposição a Trump quer agora rotular os colaboradores de nazistas ou anti-semitas e quaisquer outro rótulo que simplifique a situação.
No mês passado a emissora ABC foi obrigada a pagar a Trump 15 milhões de dólares por ter permitido que o apresentador – antes assessor de Bill Clinton – chamasse Trump de estuprador várias vezes. Como se viu, não é estuprador e quem o chama assim acaba tendo que pagar indenizações por calúnia.
As mentes mais simplórias precisam desses rótulos porque é difícil lembrar das decisões complexas que os dirigentes precisam fazer. Chamar por um rótulo de nazista simplifica, colocando a pessoa chamada de má, uma vez que todos sabem que o nazismo é o mal.
Por outro lado, é possível atribuir um rótulo positivo, como MAGA, que quer dizer Make America Great Again – Fazer a America Grande Novamente. É uma forma simples de se colocar como patriota que quer priorizar o próprio país que cresça economica e geopoliticamente.
DESONESTIDADE
Todos os seres humanos têm preferências e tem o direito de mantê-las e também o direito de publicar essas preferências. O único limite é a intenção criminosa de disseminar uma mentira ou invenção com o objetivo de se obter vantagem material ou imaterial.
O jornalismo já foi uma atividade onde a expectativa era de imparcialidade, com algum esforço de equilibrar as opiniões pessoais do jornalista com a objetividade da informação. Esse equilíbrio impossível era perseguido por todos, mantendo uma aparência de imparcialidade. Os editores eram a palavra final e tinham a capacidade de impedir que redações tendenciosas – na opinião do editor – fossem publicadas. As opiniões mais fortes eram publicadas em locais próprios, como colunas com nome do autor ou ainda editoriais.
Esse esforço foi reduzido. Se antes já era difícil manter um equilíbrio, hoje é motivo de orgulho ter uma tendência ideológica, política, etnica ou de qualquer outra natureza na publicação e exigir que sejam considerados imparciais.
A desonestidade está na exigência que sejam considerados imparciais.
O braço erguido é um gesto natural. Inclusive a foto da mão de Elon Musk é capturada durante o movimento. Musk não estava com o braço erguido parado, como é possível ver nos vídeos do mesmo momento.
A mão erguida é usada pelos padres católicos para abençoar os fiéis. A mão erguida é usada pelos fiéis para receber a benção.
Econtrar algo além disso na pessoa de Musk, que apóia e ajuda Israel pessolmente, tendo visitado as famílias das pessoas sequestradas pelo Hamas é desonesto.